Podemos dizer que os impressionistas provocaram na representação das cores uma revolução comparável à revolução grega na representação da forma. Eles descobriram que, se olharmos a natureza, ao ar livre, não vemos objetos individuais, cada um com sua cor própria, mas uma brilhante mistura de matizes que se combinam, através dos nossos olhos, na nossa mente. Leonardo da Vinci já dizia que, na figura humana, tanto o rosto como a roupa parecem verdes, se ela caminha por um campo ensolarado. Analisando essa observação, os impressionistas chegaram à conclusão de que a cor não é um valor intrínseco dos objetos, sendo que estes adquirem grande variedade de tonalidades sob incidência da luz solar.
Os efeitos mágicos de luz e do ar eram muito mais importantes do que o tema de uma pintura.
Seu objetivo principal era apresentar uma "impressão", ou as percpeções sensoriais iniciais registradas por um artista num breve vislumbre.
Arte Comentada
è aí que percebemos a influência da fotografia nesse movimento. Em meados dos anos trinta foi descoberta a fotografia. Esta registra o momento, a percepção imediata da ação. Tudo isso inspirou os impressionistas, que queriam pintar aquilo que realmente viam, concentrando-se somente nos valores da or, na sua reprodução, na qualidade da forma e no jogo de luzes e sombras, quase ignorando o objeto.
Com efeito, utilizaram uma paleta de cores claras, detalhes que lembravam casualmente as fotografias instantâneas e, ainda, pinceladas descontraídas.
Renunciaram a todo tipo de simbolismos na representação de temas da vida quotidiana e, assim, desafiaram as tradições clássicas e a concepção habitual da Arte.
O traço descontraído dos impressionistas abria novos caminhos à pintura. Apesar de as suas representações se referirem à realidade, os quadros dos impressionistas também pretendiam apresentar a pintura como pintura.
continuação....
Nenhum comentário:
Postar um comentário